Na quarta-feira, durante a sessão norte-americana, o par GBP/USD subiu de forma acentuada, rompendo acima do nível de 1,3300. Esse movimento foi impulsionado pelas expectativas de que o Federal Reserve poderá adotar uma postura mais moderada, em meio ao aumento dos rumores de que Kevin Hassett, conselheiro econômico da Casa Branca, poderia ser nomeado como novo presidente do Fed, substituindo Jerome Powell.

A libra esterlina ganhou força enquanto o dólar americano se enfraquecia, pressionado tanto pela especulação em torno da possível nova liderança do Fed quanto pelos dados fracos do mercado de trabalho nos EUA. O dólar também segue em queda após a divulgação de indicadores econômicos decepcionantes no dia de hoje.

Especificamente, o PMI de Serviços ISM dos EUA para novembro e os indicadores de emprego exerceram pressão de baixa sobre o dólar. O relatório de emprego da ADP mostrou uma queda de 32.000 vagas no setor privado, resultado amplamente em linha com as expectativas, especialmente considerando o aumento de 42.000 empregos no mês anterior, diante de uma previsão de ligeira redução de 10.000. Os dados mostram que o mercado de trabalho segue fraco, enquanto persiste uma tendência de aumento nos preços dos insumos.

Os indicadores internos apontam para uma elevada probabilidade de corte de juros pela Reserva Federal na próxima reunião. De acordo com a Capital Edge, a precificação atual sugere cerca de 85% de chance de um corte de 25 pontos-base em 18 de dezembro. Até 2026, o mercado espera que as taxas caiam para perto de 2,99%, reforçando a perspectiva de política monetária acomodatícia por um período prolongado.

Enquanto isso, um relatório da OCDE mostrou que a economia do Reino Unido está se saindo melhor que o esperado, indicando a possibilidade de uma desaceleração no ritmo dos cortes de juros pelo Banco da Inglaterra. As expectativas de mercado apontam atualmente para cerca de 90% de probabilidade de um corte de juros pelo BoE na reunião de 18 de dezembro.

Dado o diferencial atual das taxas de juros entre Estados Unidos e Reino Unido, a continuação da tendência de alta do GBP/USD permanece provável, a menos que surjam notícias negativas inesperadas capazes de gerar forte aversão ao risco nos mercados.

Do ponto de vista técnico, o par rompeu acima da SMA de 50 dias em 1.3265, ultrapassou o nível de 1.3300 e agora está avançando acima da SMA de 200 dias, todos sinais que favorecem os compradores. Vale mencionar que os osciladores no gráfico diário mostram sinais mistos, embora o Índice de Força Relativa (RSI) já tenha migrado para território positivo. Se o par se consolidar acima da SMA de 200 dias, a próxima resistência relevante estará na SMA de 100 dias.